terça-feira, 31 de março de 2009

Deu no The New York Times


Mais uma sobre a Internet, agora colhida da transcrição de um artigo de Alex Wright no caderno “The New York Times”, da Folha de S. Paulo, em 30/03/2009:

Em 2008, o Google obteve o trilionésimo endereço na sua lista. Isso mesmo: o trilionésimo endereço! Confesso que tenho dificuldades de compreender um número tão grande. E o artigo esclarece que esse trilhão refere-se tão somente à superfície da Web, pois os programas de busca chamados crawlers (rastejadores) não conseguem atingir as camadas mais profundas da rede, compostas de bancos de dados preparados para responderem a consultas que precisem da digitação de dados específicos.

A busca pelo que o artigo chama de “web profunda” (talvez fosse mais correto chamar de internet profunda, pois a web, por definição, é a camada mesma de superfície da rede) mobiliza diversos pesquisadores pelo mundo afora. O desafio é grande, pois é preciso desenvolver ferramentas de busca mais inteligentes, capazes de traduzir o desejo de busca de alguém numa ponta da linha para os milhões de bancos de dados que existem na outra.

O artigo fala em “consumidores” e “empresas”, pensando obviamente no potencial de mercado desses futuros buscadores. Menciona a possibilidade de usuários consultarem arquivos públicos do governo, apresentando-a como uma forma de páginas de notícias locais ampliarem a sua cobertura.

De qualquer modo, para lembrar a postagem anterior deste blog, o volume de informação disponível se tornará ainda maior. Talvez determinadas buscas fiquem mais incisivas, tirando um pouco do romantismo da flaunerie internética atual ou a fazendo menos exasperante às vezes.

Creio que não podemos ter ilusões: os avanços técnicos, neste caso como em tantos outros, continuarão a ser impulsionados pelo desejo de venda. Todavia, muito além do mercado, talvez seja necessário perguntar em que medida esses novos mecanismos de procura poderão servir à cidadania, por meio dos novos acessos que potencialmente se oferecerão às entranhas dos governos. Ou talvez que novos perigos ameaçarão a nossa cada vez mais encolhida privacidade…

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